

Criar uma nova coleção é muito mais do que desenvolver produtos — é dar vida a uma história. Cada peça carrega um propósito, um sentimento e uma linguagem visual que nasce muito antes do desenho final. No universo do design de mobiliário, esse processo envolve pesquisa, sensibilidade e um olhar atento para transformações culturais, estéticas e afetivas.
Neste blog, vamos revelar os bastidores de como uma coleção ganha forma: das referências que inspiram ao papel das texturas e da narrativa estética que une tudo em um conceito coerente e memorável.
Toda coleção começa com uma faísca. Pode ser uma paleta de cores observada na natureza, a arquitetura de uma cidade, um movimento artístico ou até uma memória pessoal. O designer mergulha em pesquisas — visuais, táteis e emocionais — para construir um repertório que irá direcionar o conceito.
Essas referências não são copiadas, mas reinterpretadas. Elas funcionam como guias que despertam sensações desejadas, seja aconchego, ousadia, leveza ou sofisticação. A partir delas, nasce o chamado “mood”, a atmosfera que irá conduzir todo o processo criativo.

Se a forma encanta aos olhos, a textura emociona ao toque. Ela é fundamental para criar uma experiência completa com cada peça.
Na construção de uma coleção, as texturas são escolhidas para reforçar a narrativa estética: podem transmitir rusticidade, elegância, fluidez ou modernidade. Jogar com superfícies lisas, foscas, porosas ou com desenhos orgânicos cria contrastes visuais e táteis que dão identidade às peças.
Mais do que beleza, as texturas ajudam a contar uma história — a história da coleção.
Para que uma coleção se torne memorável, todas as peças precisam conversar entre si. É aqui que entra a narrativa estética: o fio condutor que organiza as referências e transforma texturas, formas e volumes em um conceito único.
Essa narrativa define:
Quando a narrativa é bem construída, cada peça reforça a presença da marca e traduz sua essência de maneira clara e envolvente.
Após definir referências, texturas e linguagem estética, o designer inicia o processo de esboço e modelagem. É nesse estágio que as ideias começam a assumir forma. Os primeiros protótipos revelam ajustes, melhorias e novas interpretações até que cada peça alcance o equilíbrio perfeito entre estética, funcionalidade e identidade.
Esse é um momento de muitas trocas, testes e refinamentos — um verdadeiro laboratório criativo.
Uma coleção não nasce apenas de técnicas e processos. Ela nasce do olhar sensível para o mundo, da capacidade de transformar referências em experiências e de criar peças que dialogam com pessoas e ambientes.
Quando atinge o público, ela carrega consigo uma narrativa — feita de textura, conceito, forma e emoção — que conecta o design ao cotidiano.